Inspirados no Papa Francisco, empresários, religiosos e acadêmicos criam ação social na Gávea.

Informações sobre o projeto

Pesquisas de laboratório da PUC-Rio vai orientar atividades prioritárias do grupo que começou doando cestas básicas no início da pandemia.

Fomentar uma sociedade baseada na ajuda mútua é o que almeja o Instituto Francisco, iniciativa de empresários, acadêmicos e religiosos que, inspirados pelos ensinamentos do Papa Francisco, desejam fazer da Gávea, em suas palavras, um bairro fraterno.

O presidente do instituto, o empresário Alberto Lima, conta que as primeiras atividades começaram no início da pandemia, com a distribuição de cestas básicas. Mas os voluntários queriam realizar ações de maior impacto.

"Nosso objetivo é promover a convivência. As desigualdades sociais e a diversidade distanciaram tanto as pessoas que elas não se percebem mais como semelhantes. Queremos que cada um se importe com o que acontece à sua volta e contribua para o bem-estar geral. Como alguém pode se sentir feliz se estiver cercado por carências e infelicidade?" indaga.

A iniciativa já conta com muitos parceiros, incluindo o laboratório Dédalo, pertencente ao Departamento de Ciências Sociais da PUC-Rio, que está avaliando quais devem ser as ações prioritárias do instituto. Gabriel Banaggia, pesquisador de pós-doutorado da universidade, afirma que esta etapa é fundamental.

Com o levantamento, o instituto será capaz de atuar naquilo que é mais necessário, com grandes chances de ser bem-sucedido e garantir a durabilidade da transformação feita, explica.

Com os primeiros resultados, que sairão em janeiro, os voluntários atuarão em frentes de trabalho que vão de educação a esporte, passando por habitação e lazer.

Alex Braga - O Globo Rio
matéria veiculada 31/12/21